sexta-feira, 11 de março de 2005

Mais Do Que Podia

recordou...
as poses lascívas e altivas
a posição de domínio que se ia alternando
baloiçavam,
no âmbito e desejo
de sossegar o desassossego que os incomodava
pois era descontrolado
pois era ofegante
pois era sedento
pois era ardente.
bebeu dos olhos
todo o lago resplandecente que neles existia
para não poder ter onde se esconder.
o enfiar as garras fundo no pescoço,
o morder a presa
devorar orelhas;
comeu-lhe a língua
para que não conseguisse
pronunciar fosse o que fosse,
prazer ou dor.
o cravar os dentes
a pele enrugou,
de tão inundada e submersa em algo
que a arrepiou, prendeu e não mais a deixou fugir.
o sugar o sangue e
beber mais do que queria
mais do que necessitava
mais do que podia...
sugou até extinguir quase
a fonte do desejo...
ela gemeu...
ele sorriu
para a expressão dela de assustada
e disse: és linda
...e és minha.

4 comentários:

Anónimo disse...

És linda... e és minha. E essa é a verdade ;)

Leeloo disse...

Welcome to my place 'Não vou por aí'!
Obrigada e volta sempre :)

Doug:
..mai nada! Que bela verdade ;)

Beijos

Anónimo disse...

Um poema intenso...mas que eu leio de uma forma assustadora!

Talvez, porque... o percebo bem demais...

Feliz domingo. Um abraço :-)

(será que já consigo comentar?)

Leeloo disse...

Sim MM, é forte...
(espero ñ t ter despertado más recordações.. :\ )

O domingo teve piada, obrigada. Espero q o teu tb tenha sido bom :)

(..e parece q isto já tá fixe) ;) Bjos.